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Chefe do setor de Infectologia do HUOC/UPE faz apelo aos mais jovens sobre a Covid-19 e alerta para risco de colapso das equipes médicas - Universidade de Pernambuco

Chefe do setor de Infectologia do HUOC/UPE faz apelo aos mais jovens sobre a Covid-19 e alerta para risco de colapso das equipes médicas

Foto: Eudes Régis/SEI

Os profissionais de saúde do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), na linha de frente do combate à Covid-19 desde os primeiros casos da doença no estado há um ano, estão observando uma mudança no perfil de quem é internado na emergência e na UTI por causa do coronavírus. Está havendo um acréscimo de pessoas mais jovens, que não costumam seguir à risca as recomendações sanitárias. 

"Elas estão se expondo muito”, alertou o chefe do setor de Infectologia do HUOC, Demetrius Montenegro, que participou de coletiva convocada pelo governo do estado na tarde de quinta-feira (25) para anunciar o prolongamento das medidas mais rígidas de quarentena até 31 de março.

Integrante do Complexo Hospitalar da Universidade de Pernambuco (UPE), o Oswaldo Cruz é referência no tratamento dos infectados pelo coronavírus. As equipes médicas, segundo Demetrius, estão no limite do esgotamento, tanto pela rotina intensa de trabalho quanto pela carga emocional. 

"A consequência é que nós todos, profissionais da área da saúde, estamos muito cansados. Se você está cansado de ficar em casa, a gente está cansado de ver gente morrendo, é muito doloroso, é um sofrimento emocional grande. Essa epidemia existe, não fiquem cegos para esta doença”, afirmou Montenegro.

Os dados em relação à Covid-19 em Pernambuco preocupam pelo aumento no número de casos em pessoas jovens. “Um ano após o início dessa luta, iniciada em março de 2020, percebemos que estamos vivendo novamente uma grande onda com o acréscimo no número de casos em pessoas mais jovens, que estão se expondo muito”, contou o chefe do setor de Infectologia do HUOC/UPE.

Segundo os registros da Secretaria Estadual de Saúde, os maiores aumentos no número de internações foram nos grupos entre 20 e 39; 40 a 59 e 60 a 69 anos – que apresentaram percentuais de aumento de 145%, 195% e 120%, respectivamente. Nos grupos etários de 20 a 59 anos, o número de internamentos praticamente dobrou apenas nas últimas três semanas. Entre os adultos jovens (20 a 39 anos), foram registrados 50 casos na semana de 28/02 a 06/03 e 93 na SE 11 – aumento de 86%. Já entre os adultos com idades entre 40 e 59 anos, o aumento no período foi de 80%, com 169 registros na SE 9 e 304 na semana passada.

“Decisões de proteção é que vão fazer a diferença nas taxas de ocupação hospitalar e podem fazer a diferença para salvar vidas. O vírus mata. E, se você negar este perigo e descumprir as normas da quarentena, a você poderá ser negado, mais à frente, uma vaga de UTI. Essa negação da realidade e da gravidade também poderá causar a morte de um familiar, de um amigo, ou de alguém que você ama. O único compromisso inadiável e urgente é com a vida”, disse o secretário de Saúde André Longo, também presente à coletiva.

 “Aumentando o número de casos pode ocorrer, sim, um colapso por falta de profissionais, sendo uma grande preocupação nossa. Para os leitos de UTI, por exemplo, que é um trabalho mais especializado, a atividade não requer apenas médicos, mas fisioterapeutas e técnicos de enfermagem”, destacou Demetrius Montenegro.

Com a abertura de dez novos leitos no dia 19 deste mês, o HUOC/UPE conta agora com 40 leitos para adultos exclusivos para atendimento de vítimas da Covid-19. Outros sete leitos estão disponíveis na UTI Pediátrica Covid.

Para os novos leitos foram contratados 28 técnicos de enfermagem e seis enfermeiros. Médicos e profissionais de outras áreas necessárias ao atendimento em uma UTI foram remanejados de outros setores do hospital.

* Com informações da SES