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Projeto em parceria entre pesquisadores da Poli e do Huoc visa melhorar a vida de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica - Universidade de Pernambuco

Projeto em parceria entre pesquisadores da Poli e do Huoc visa melhorar a vida de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica

Um projeto em parceria entre pesquisadores da Escola Politécnica de Pernambuco (Poli) e do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), ambos da Universidade de Pernambuco (UPE), vem tentando oferecer uma melhor qualidade de vida para pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), possibilitando uma melhoria na capacidade de comunicação dos pacientes utilizando técnicas de Visão Computacional.

A parceria surgiu através de uma ação estratégica conduzida pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação (Propegi) representada pelo Pró-reitor, Prof. Sergio Campello, que buscou articular grupos de pesquisa com saberes complementares para resolução de problemas reais.

Pelo lado da Poli, o projeto é conduzido pelo coordenador da Pós-Graduação em Engenharia de Computação (PPGEC), o Prof. Bruno Fernandes, com a participação do doutorando e Prof. do IFPB, Leandro Honorato, e das alunas de iniciação científica do curso de engenharia de computação: Allana Rocha, Nathália Cauás e Letícia Castro.

A pesquisa almeja o desenvolvimento de uma tecnologia para controle de um teclado virtual utilizando somente o movimento do olho com a premissa de ser um sistema de baixo custo, acessível aos pacientes da rede SUS. No Huoc, as terapeutas ocupacionais Noemi Salazar e Tatiana Carvalho são as responsáveis por definir os requisitos do projeto, sua aplicabilidade, restrições e realização do treinamento com os pacientes para que eles possam vir a usar a plataforma da maneira mais eficiente e autônoma possível.

O Huoc é o hospital referência no Nordeste para tratamento de ELA, doença degenerativa que acarreta em paralisia motora irreversível. Conforme observado por Noemi e Tatiana, os pacientes com ELA no estágio avançado da doença, que progride rapidamente, perdem o poder de comunicação, pois sequer conseguem falar, mas ainda mantém as capacidades sensoriais e cognitiva, essa última passiva de alguma perda associada à ELA.  Assim, embora consciente do que se passa ao redor, o paciente não consegue expressar suas vontades e necessidades. Entretanto, o controle dos olhos permanece, geralmente, até a fase final da doença, permitindo que os pacientes se comuniquem através de confirmações com o olhar, seja olhando para um local específico ou piscando, por exemplo.

Alguns anos atrás, foi desenvolvido pelo aluno de mestrado, Ismael Mascarenhas do PPGEC na Poli um aplicativo facilitador de escrita, permitindo a mesma apenas com uma confirmação SIM. O projeto orientado pelo Prof. Sergio Campello, da UPE e co-orientado pelo Prof. Eduardo Fontana, da UFPE, possuía a limitação de que  a verificação de para onde o paciente estava olhando era feita por uma pessoa que precisava ficar atentamente olhando para o paciente, dificultando sua operação em larga escala. Noemi e Tatiana conseguiram utilizar tal ferramenta com pacientes com ELA apresentando um desempenho satisfatório, mas a necessidade de manter uma pessoa inteiramente dedicada ao controle da ferramenta limitava o uso.

Soluções comerciais para controle de teclados virtuais com o olhar já foram desenvolvidas e estão disponíveis no mercado, contudo o alto custo inviabiliza o acesso por parte dos pacientes do Huoc e do SUS. Dessa maneira, Noemi e Tatiana trouxeram o desafio para os pesquisadores em visão computacional da Poli para construir uma solução de baixo custo que identificasse automaticamente o movimento do olhar e realizasse uma ação desejada.

A partir do desafio apresentado, o Prof. Bruno Fernandes e sua equipe de pesquisadores, em curto tempo, conseguiram desenvolver uma solução que passou a permitir o controle do teclado utilizando uma câmera de baixa resolução. Os pacientes com ELA já puderam ter um primeiro contato com a ferramenta e ficaram bastante animados com a possibilidade de poder relatar as suas vontades sem a dependência de terceiros. Atualmente, o projeto continua sendo evoluído para que o controle do teclado com os olhos ocorra da forma mais natural e simples possível, demandando pouca ou nenhuma intervenção de terceiros até para desligar ou ligar a ferramenta.