A geração de resíduos nas cidades é cada vez maior, sobretudo impulsionada pelo elevado consumo capitalista, o que tem provocado danos ao meio ambiente e comprometido o uso dos recursos naturais. Uma alternativa para minimizar os impactos gerados pelos resíduos é a reciclagem, mas para isso, é necessário que haja uma mudança de hábito da sociedade. Essa mudança é simples e fácil, basta separar os resíduos conforme composição ou constituição. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos para uma coleta seletiva eficaz, deve-se no mínimo separar os recicláveis secos como metais (como aço e alumínio), papel, papelão, tetrapak, diferentes tipos de plásticos e vidro e os rejeitos, ou seja, os resíduos não recicláveis, compostos principalmente por fraldas descartáveis, absorventes, papel higiênico, cotonetes, entre outros. Os resíduos orgânicos, como os restos de alimentos e poda de plantas, podem ser 100% transformados em adubo por meio da compostagem.
A falta de interesse e educação da população em geral para a separação dos resíduos afeta diretamente a capacidade de suporte dos aterros. Sabe-se que poucas cidades possuem política de coleta seletiva e quando tem estão muito aquém da realidade, porém existem os CATADORES de recicláveis, esses atores sociais que vivem às margens da sociedade, na invisibilidade, realizando a importante tarefa de coletar esses materiais, assim minimizam a produção de lixo em troca de uma renda ínfima que ajuda na sua sobrevivência. Outro problema é o descarte irregular ou de forma incorreta, levando esses resíduos a contaminar solos, rios e oceanos.
O meio ambiente e os catadores dependem dessas mudanças e foi pensando nisso que surgiu o projeto Coleta Seletiva: Um ato de sustentabilidade e solidariedade. Nesse contexto, o projeto visa sensibilizar a comunidade para separar os resíduos e ajudar os catadores de Garanhuns. Assim, através da união de esforços interdisciplinar entre as áreas da Biologia, Psicologia, Computação e Geografia, o projeto surgiu em caráter extensionista, multidisciplinar, partindo de um trabalho educativo no campus da Universidade de Pernambuco e nas escolas vizinhas, além de contribuir com a produção de material didático e ações de divulgação na mídia e nos bairros. Essa iniciativa visa melhorias para o meio ambiente e para a qualidade de vida dos catadores em concomitância com a conscientização de estudantes e da comunidade.