PROJETO DE EXTENSÃO: UM PÉ DE SAÚDE

O projeto de extensão intitulado “Um pé de Saúde” foi cadastrado pelo edital PIAEXT 01/2018, que foi coordenado pelas docentes Dra. Suely Emília, Dra. Wanessa Gomes e Dra. Rosângela Falcão, e contou com a participação de aproximadamente 34 discentes dos cursos de Biologia, Medicina e Psicologia. Este projeto teve como público-alvo a comunidade quilombola do Castainho, chegando também ao Estivas.

O referido visa romper com a Psicologia individualista/intrapsíquica, e elitista, promovendo a interdisciplinaridade e interprofissionalidade. Nas comunidades supracitadas foram realizadas ações com fitoterápicos e as atividades são executadas a partir da cartografia clínica. Nesses territórios há sempre troca de saberes, de modo que tido é dialogado junto às comunidades, portanto, eles participam também do planejamento de ações.

Destaca-se uma ação realizada, denominada “Beleza Quilombola”, na comunidade do Castainho, que consistiu em um dia de cuidados para a população feminina, a fim de realçar e valorizar o que há de belo nas mulheres da localidade, assim como forma de preservar sua cultura.

Os estudantes se utilizaram de diário de campo sempre que foram nas comunidades, onde registraram suas experiências e posteriormente apresentaram os resultados nas reuniões que ocorreram entre eles e os docentes, o que serve de avaliação das ações. Em adição, quanto à avaliação externa, foram realizadas também reuniões com os quilombolas e os proponentes, com o objetivo de analisar as repercussões das ações nas comunidades.

Alguns dos desafios relatados pelos participantes da extensão foram os de transporte/locomoção, visto que nem sempre era disponibilizado pela Universidade de Pernambuco-UPE, forçando os alunos e professores a arcarem com os custos da gasolina, visto que embora as comunidades sejam na mesma cidade, são locais de difícil acesso. Somando-se a isso, a relação conturbada entre as duas comunidades foi uma problemática, além do ritmo deles que é bastante diferente entre os acadêmicos e profissionais e os quilombolas, fazendo com que muitas vezes ocorresse choque de horários.

Por outro lado, alguns ganhos foram perceptíveis, tais como: o vínculo criado com as comunidades, evidenciado pelo fato de que, por vezes, os próprios solicitam mais ações, mostrando que os quilombolas confiam no trabalho e nas propostas dos acadêmicos. Quanto ao graduandos, foi possível que aprendessem na prática o que, geralmente, vêem somente na teoria.

Coautora da publicação: Dayne Zacarias,  monitora da Coordenação de Extensão e Cultura da UPE Multicampi.