Uma instituição que tem compromisso com a verdade da ciência, na linha de frente contra o negacionismo. Com esta definição, o governador Paulo Câmara ressaltou a importância da Universidade de Pernambuco no seu discurso que encerrou, na manhã desta segunda-feira (14), a solenidade oficial de comemoração dos 30 anos da UPE.
“O sentimento é de gratidão a todos que formam esta grande comunidade acadêmica. A UPE é digna de destaque na pesquisa, na inovação e seu complexo hospitalar é fundamental, com sua credibilidade e eficiência, no atual combate à pandemia”, disse o governador.
O evento, transmitido ao vivo pelo canal UPE nas Redes no YouTube, representou o início das celebrações que ocorrerão até junho de 2022 nas 15 unidades de ensino que compõem a instituição de ensino superior em todo o estado. Uma nova logomarca foi lançada e a editora da universidade anunciou uma chamada pública para o livro dos 30 anos da UPE.
No seu discurso, o reitor Pedro Falcão ressaltou o pioneirismo da UPE com sua interiorização, a oferta de ensino a distância, a abertura para alunos cotistas e a criação de um sistema seriado de avaliação, além da qualificação de mais de 20 mil professores que atuavam sem diploma superior na rede de ensino do estado e de municípios.
“Nossa missão é formar profissionais de excelência em diversas áreas de conhecimento”, destacou o reitor, citando tanto o investimento em inovação tecnológica e mais de 100 acordos internacionais quanto o reconhecimento de 24 mestres da cultura popular com a entrega de título de notório saber.
A vice-reitora Socorro Cavalcanti lembrou o o crescimento de 146% na ofertas de cursos da UPE e sua boa colocação no ranking das universidades públicas em produção científica. Ela defendeu um maior reconhecimento da carreira profissional de professores e servidores. “A UPE não atingirá todo o seu potencial sem a valorização de seu corpo técnico”.
O secretário de Ciência e Tecnologia e Inovação, Lucas Ramos, afirmou que a UPE é “um patrimônio do nosso estado, pública, gratuita e interiorizada”. Ele citou o investimento feito na universidade tanto na área de desenvolvimentos de projetos tecnológicos quanto no seu complexo hospitalar. “A UPE é uma instituição produtora de ciência e de cultura, mas também de proteção das pessoas”, enfatizou.
A vice-governadora Luciana Santos lembrou que seu pai foi professor da Escola Politécnica de Pernambuco (Poli) destacou que a universidade vem superando o desafio de “dialogar com o futuro”, com as novas tecnologias. “A UPE é a melhor universidade estadual em pesquisas do Nordeste porque valoriza a produção do saber, não tem medo do novo”, disse.
HISTÓRIA
Com origem na Fundação de Ensino Superior da Pernambuco (FESP) que, desde 1965, era a mantenedora de um grupo de unidades de ensino superior no Estado, a UPE foi oficialmente criada no dia 12 de junho de 1991, pela Portaria Ministerial nº 964. A Lei Estadual nº 10.518, de 29 de novembro de 1990, já havia criado a Fundação Universidade de Pernambuco, instituição de direito público que se tornaria a mantenedora da UPE.
Atualmente, a universidade oferece 54 cursos de graduação na modalidade presencial, cinco cursos de graduação a distância, oito doutorados, 21 mestrados e 115 cursos de especialização (Lato Sensu), contabilizando mais de 20 mil estudantes ao longo de todo o território de Pernambuco. A UPE conta ainda com o complexo hospitalar, que tem tido destacada importância na luta contra a Covid-19.
COMPLEXO HOSPITALAR
Durante o período de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, a Universidade de Pernambuco foi responsável por diversas ações estratégicas. Entre elas, a seleção simplificada para contratação temporária de 670 profissionais de nível superior e médio para atuação em seus hospitais universitários. Houve ainda a nomeação e posse de 120 servidores da área da saúde para compor o quadro permanente de pessoal da universidade, com lotação no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), e a elaboração do edital de credenciamento médico para contratação temporária de 42 médicos intensivistas.