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Estudo realizado com alunos da UPE resulta em artigo publicado na revista Neurological Sciences - Universidade de Pernambuco

Estudo realizado com alunos da UPE resulta em artigo publicado na revista Neurological Sciences

Um estudo desenvolvido com alunos de três cursos da Universidade de Pernambuco (UPE) aponta a relação entre a dependência da internet com uma maior ocorrência de ansiedade, cefaleia e insônia. Realizado entre 2017 e 2018, ou seja, antes da atual pandemia de Covid-19, quando a internet substituiu o ensino presencial, o resultado ressalta a necessidade de uma maior discussão do impacto na saúde com a adoção do ensino remoto. 

O trabalho produzido pelos professores Tathiana Corrêa Rangel (do curso de Fisioterapia do Campus Petrolina da UPE), Pedro Augusto Sampaio Rocha‐Filho (neurologista e coordenador do ambulatório de cefaleias do Hospital Universitário Oswaldo Cruz - HUOC) e Maria Cristina Falcão Raposo (do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE) originou um artigo científico publicado na revista médica Neurological Sciences, na sua edição de junho de 2021. O texto em inglês pode ser conferido na íntegra através deste link: https://link.springer.com/article/10.1007/s10072-021-05377-x.

A pesquisa “Dependência de internet, cefaleias e insônia em estudantes universitários: um estudo transversal” foi desenvolvida com a aplicação de questionários em um grupo de alunos de três cursos da UPE: Engenharia Civil (Escola Politécnica de Pernambuco - Poli), Administração (Faculdade de Administração e Direito de Pernambuco - FCAP) e Medicina (Faculdade de Ciências Médicas - FCM). 

Os universitários responderam sobre informações sociodemográficas e sobre hábitos de vida, como idade, gênero, quantidade de café consumido e a ocorrência de dor de cabeça nos últimos 12 meses, além de terem sido submetidos a uma avaliação específica sobre as características de suas cefaleias neste períodoA análise dos dados ocorreu entre outubro de 2017 e junho de 2018.

Dos 420 participantes, 399 (95%) relataram ter tido episódios de cefaleia no intervalo de doze meses. Do grupo, 51,4% eram homens e a mediana de idade foi 21 anos. A dependência da internet foi relatada por 20% dos entrevistados e a insônia acometia 22,6%. 

Como há controvérsia na literatura médica se existe associação entre cefaleias e dependência de internet, o objetivo do estudo transversal foi avaliar se há associação entre cefaleias, insônia e dependência de internet.

A conclusão do artigo aponta que o vício em internet foi associado à ansiedade, enxaqueca com aura (caracterizada por uma alteração da visão que leva ao aparecimento de pequenos pontos luminosos ou embaçamento dos limites do campo de visão, que pode durar de 15 a 60 minutos, e que é seguida por uma dor de cabeça muito forte e constante) e insônia. 

Segundo os autores, um universitário que apresenta enxaqueca com aura, ansiedade e insônia possui uma probabilidade 50% maior de ter dependência de internet. A gravidade da dependência de internet está associada à gravidade das cefaleias e insônia.

O projeto representa um dos resultados da tese de doutorado apresentada pela professora Tathiana Corrêa Rangel no Programa de Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento com a linha de pesquisa em Neurociências da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).