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Lançamento do Estudo dos Impactos a Longo Prazo para Famílias Afetadas pela Epidemia de Zika (LIFE Zika) - Universidade de Pernambuco

Lançamento do Estudo dos Impactos a Longo Prazo para Famílias Afetadas pela Epidemia de Zika (LIFE Zika)

 

 

Publicado em 04/04/24

Uma parceria entre pesquisadores da Universidade de Pernambuco (UPE), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil, com pesquisadores da London School of Hygiene & Tropical Medicineum (LSHTM), da Inglaterra, lançou, no mês de março, o Estudo dos Impactos a Longo Prazo para Famílias Afetadas pela Epidemia de Zika (LIFE Zika), no Cais do Sertão, no Bairro do Recife. O evento contou com a presença da reitora da UPE, Profa. Socorro Cavalcanti.

O lançamento do estudo, que conta com um financiamento £3,6 milhões do Wellcome Collaborative Award in Science, de Londres, para um período de sete anos, foi realizado durante uma reunião científica internacional intitulada Consequências das infecções pelo vírus Zika durante a gravidez: Integrando pesquisa, assistência e comunidade.

O encontro reuniu palestrantes das áreas de pesquisa, políticas de saúde, grupos de defesa e famílias de crianças com Síndrome da Zika Congênita. Além de profissionais que atuam diretamente com essas crianças e suas famílias no Hospital Universitário Oswaldo Cruz da UPE.

Ricardo Ximenes, co-líder do Estudo LIFE Zika e professor de Medicina Tropical da Universidade Federal de Pernambuco e de Medicina Interna da Universidade de Pernambuco, disse: “Há oito anos, os olhos do mundo estavam voltados para o Brasil e para a emergência de saúde pública relacionada à Zika, mas essa atenção passou. Acreditamos que é hora de trazer a Zika de volta à agenda científica".

Demócrito Miranda, pesquisador do Estudo LIFE Zika da Universidade de Pernambuco, que liderou o acompanhamento da Coorte Pediátrica do Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (MERG), disse: "Como a Síndrome da Zika Congênita é uma doença nova que só foi identificada entre os recém-nascidos há oito anos, as consequências da infecção pelo vírus Zika durante a gravidez para o desenvolvimento posterior da criança permanecem desconhecidas."

“O estudo nos permite um maior entendimento acerca das crianças e suas famílias. Precisamos estar preparados para o acolhimento e a inclusão de todos na nossa sociedade”, disse a reitora da UPE, Profa. Socorro Cavalcanti.

LIFE Zika Study - reúne uma equipe interdisciplinar excepcional, com experiência em epidemiologia, vinculação de dados e métodos de ciências sociais, para gerar novos conhecimentos sobre as consequências a longo prazo das infecções pelo vírus Zika durante a gravidez. 

As infecções pelo vírus Zika durante a gravidez podem prejudicar o desenvolvimento fetal e levar a anomalias estruturais, como a microcefalia, e atraso no desenvolvimento. A constelação de manifestações clínicas adversas é coletivamente reconhecida como Síndrome da Zika Congênita.

Elizabeth Brickley, co-líder do Estudo LIFE Zika e professora de Epidemiologia e Saúde Planetária na LSHTM, disse: "Embora a transmissão do vírus Zika tenha diminuído em todo o mundo, as crianças com Síndrome da Zika Congênita e suas famílias continuam a enfrentar consequências sociais e de saúde devastadoras da pandemia de 2015-2017".

Desde o surgimento da epidemia de microcefalia no nordeste do Brasil em 2015, os pesquisadores afiliados ao LIFE Zika Study têm monitorado continuamente a saúde e o desenvolvimento de crianças com Síndrome da Zika Congênita. 

Esse novo financiamento permitirá que o LIFE Zika Study estenda o acompanhamento das crianças afetadas até a idade de 13 anos e, portanto, aprenda sobre a Síndrome da Zika Congênita em diferentes estágios do desenvolvimento infantil.  Usando avaliações clínicas abrangentes, os pesquisadores vão comparar as necessidades de saúde e aprendizado entre crianças com e sem exposição pré-natal ao vírus Zika.  O projeto também reunirá dados do Consórcio Brasileiro de Coortes de Zika, que representa todas as coortes no Brasil que acompanharam crianças expostas ao vírus Zika durante a gravidez.

Os achados do Estudo LIFE Zika ajudarão a orientar o planejamento e a organização do atendimento clínico para crianças expostas ao vírus Zika durante a gravidez.  Esclarecerão também quais as adaptações necessárias para facilitar a participação de crianças com deficiências relacionadas à Zika em atividades sociais, inclusive na escola.

A Dra. Sandra Valongueiro, pesquisadora do Estudo LIFE Zika da Universidade Federal de Pernambuco, disse: "É importante lembrar que as crianças com casos graves da Síndrome da Zika Congênita podem precisar de cuidados por toda a vida.  Esses cuidados são geralmente prestados pelas mães e podem acarretar custos significativos de saúde, sociais e econômicos."

O Estudo LIFE Zika usará métodos de ciências sociais para compreender os impactos sociais e de saúde mais amplos para os membros da família de crianças com Síndrome Congênita.  Os pesquisadores esperam que essas evidências sirvam de base para o desenvolvimento de políticas públicas que promovam a proteção social de crianças com Síndrome da Zika Congênita do Zika e suas famílias.

Com vistas à preparação para futuras epidemias, o estudo LIFE Zika também tem como objetivo melhorar a compreensão de como os pesquisadores podem envolver de forma mais eficaz as comunidades afetadas nas respostas científicas às emergências de saúde pública.

A Dra. Bethânia Almeida, pesquisadora do Estudo LIFE Zika no CIDACS/Fiocruz, disse: "Além de promover a colaboração de coortes epidemiológicas apoiadas por diferentes tipos de dados, este projeto visa avaliar as percepções e preocupações relacionadas à produção de dados, uso e compartilhamento de dados durante e após emergências de saúde pública, usando a epidemia do vírus Zika e a Síndrome da Zika Congênita como estudos de caso."

 

Lista de pesquisadores no financiamento e suas instituições:

 

Prof Elizabeth Brickley, Department of Infectious Disease Epidemiology & International Health, London School of Hygiene & Tropical Medicine, London, UK.

Prof Ricardo Ximenes, Departamento de Medicina Interna, Universidade de Pernambuco, & Departamento de Medicina Tropical, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.

Prof Demócrito Miranda, Departamento de Medicina Interna, Universidade de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.

Prof Maria Elisabeth Lopes Moreira, Clinical Research Unit, Neonatology, Oswaldo Cruz Foundation

Prof Celina Maria Turchi Martelli, Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, PE, Brasil.

Prof Mauricio Barreto, Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, BA, Brasil.

Prof Gloria Teixeira, Universidade Federal da Bahia & Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, BA, Brasil.

Prof Sandra Valongueiro, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.

Prof Sophie Eickmann, Departamento Materno Infantil, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.