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Projeto de professor do Campus Garanhuns tem aprovação e verba do CNPq - Universidade de Pernambuco

Projeto de professor do Campus Garanhuns tem aprovação e verba do CNPq

FOTO: Tiago Goes/Divulgação

Espécies de formigas da Mata Atlântica e da Caatinga terão a tolerância térmica máxima investigada em um estudo conduzido por um pesquisador da Universidade de Pernambuco com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Professor adjunto do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA) da UPE e do Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza (PPGETNO), recentemente associado à instituição, Xavier Arnan, do Campus Garanhuns, pretende identificar qual é a temperatura na qual os organismos morrem ou perdem a capacidade locomotora quando expostos a mudanças térmicas.

As formigas são componentes cruciais da maioria dos ecossistemas terrestres devido à sua grande abundância e diversidade de serviços ecossistêmicos que desempenham. O projeto visa caracterizar a tolerância térmica máxima das principais espécies deste inseto da Mata Atlântica e da Caatinga, assim como determinar a qualidade e vulnerabilidade dos principais serviços ecossistêmicos promovidos por formigas em relação a esses limites térmicos.

A pesquisa intitulada “Tolerância térmica fisiológica e sua relação com a qualidade e vulnerabilidade dos serviços ecossistêmicos promovidos por formigas na Mata Atlântica e Caatinga” pretende atuar nos principais ecossistemas terrestres mais ameaçados do Nordeste. Nesses locais, muitas espécies de plantas dependem das formigas, bem por protegê-las contra a herbivoria de outros insetos (serviço proteção) como por levar suas sementes para outras áreas (serviço dispersão).

A pesquisa também visa a formação de novos especialistas. A proposta é trabalhar com quatro estudantes de pós-graduação e seis de graduação do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da UPE Garanhuns. “A formação destes recursos é de extrema importância, pois a região Nordeste ainda é carente de profissionais qualificados nas áreas de ecologia e biologia da conservação”, reforça o professor. Atualmente, a equipe de pesquisa do professor está formada por Geraldo Nascimento (estudante de mestrado), Allana Sabrina Freire e Carlos André Ferreira (estudantes de iniciação científica) e Talita Câmara (pesquisadora pós-doutoral), e espera-se a incorporação de outros estudantes de pós-graduação e graduação na equipe durante os próximos meses. 

O projeto será executado na Reserva Biológica de Pedra Talhada e no Parque Nacional do Catimbau. A REBIO Pedra Talhada ocupa uma área de 4,3 mil hectares, com uma temperatura média anual de 23-25º C e precipitação anual de 1250-1750 mm. Aproximadamente 103 espécies de formigas e mais de 800 espécies de plantas já foram identificadas neste trecho de Mata Atlântica. Já o PARNA Catimbau tem uma superfície de 62,3 mil ha com uma temperatura média anual de 25º C e precipitação anual entre 480 e 1.100 mm. Aproximadamente 100 espécies de formigas foram observadas no parque até agora.  

Nessas áreas serão amostradas as formigas e suas interações com as plantas. Para cada espécie de formiga, várias operárias serão recolhidas, e posteriormente no laboratório, colocadas em tubos de microcentrífuga dispostos em um aquecedor de banho seco, onde a temperatura será aumentada a cada três minutos e será registrada a temperatura em que se observou a perda de controle muscular ou morte. Cada espécie também será caraterizada com o tamanho do corpo e outros traços morfológicos, história evolutiva (analises moleculares) e uso de micro-habitat. Finalmente, experimentos serão realizados para determinar a eficiência dessas espécies de formigas nos serviços de proteção anti-herbivoria e dispersão de sementes.

O estudo será uma contribuição importante para a compreensão da relação entre a biologia térmica dos organismos e a qualidade e vulnerabilidade dos serviços ecossistêmicos oferecidos, assim como da capacidade de resposta da biodiversidade às ações humanas com importantes implicações no futuro da região e das florestas tropicais e fauna associada frente os novos cenários de mudanças climáticas.

O projeto também pretende utilizar recursos para confeccionar material informativo contendo os principais resultados do trabalho em linguagem acessível ao público (residentes e visitantes) e escolas do entorno das áreas de estudo. Também se pretende desenvolver projetos de extensão a partir dos tópicos da proposta a ser realizados na região. Catalão, o professor Xavier Arnan integra os quadros da Universidade de Pernambuco desde fevereiro deste ano. Ele obteve a aprovação do CNPq na chamada pública "Bolsas de Produtividade Tecnológica e Extensão Inovadora (DT)".