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UPE divulga plano de ação para as comemorações do centenário de nascimento de Paulo Freire - Universidade de Pernambuco

UPE divulga plano de ação para as comemorações do centenário de nascimento de Paulo Freire

A Universidade de Pernambuco (UPE) terá um plano de ações comemorativas do centenário de nascimento do educador Paulo Freire, considerado o patrono da educação brasileira.

Até o dia 19 de setembro (data de nascimento do autor da autor da "Pedagogia do Oprimido”), a instituição vai difundir estudos em torno do pensamento freiriano. O plano foi aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) e está disponível no site da UPE na aba documentos.

RESOLUÇÃO CEPE  Nº 085/2020

QUEM FOI PAULO FREIRE

Em 19 de setembro de 1921, na Estrada do Encanamento, 724, Casa Amarela, no Recife, nasceu Paulo Reglus Neves Freire, educador e filósofo, reconhecido o Patrono da Educação Brasileira pela Lei n. 12.612, de 13 de abril de 2012 e, em 2021, completaria 100 anos.

Ele foi alfabetizado no quintal de casa, embaixo da mangueira. Filho do capitão da Polícia Militar, Joaquim Temistoles Freire e de Edeltrudes Neves Freire. Em 1943, ingressou no Curso de Direito do Recife. Nessa época ensinava português e mesmo após a conclusão do curso ele continuou ensinando português e Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco.

Em 1947, passou a integrar a Equipe de Educação e Cultura do Serviço Social da Indústria, na condição de diretor. Nos anos 1950, juntamente com outros educadores/as, fundou o Instituto Capibaribe, que desenvolve atividades educativas até hoje, no bairro das Graças, no Recife.

No início dos anos 1960, desenvolveu um método de alfabetização de adultos, conhecido como Método Paulo Freire. Esse sistema seria implantado em todo o país, no Plano Nacional de Alfabetização, por meio de 20 mil Ciclos de Cultura, no Governo de João Goulart. Porém, com o Golpe Militar, foi preso e exilado, o que inviabilizou a execução desse plano.

Inicialmente, exilou-se, por um breve período, na Bolívia. Depois, fixou-se no Chile, por cinco anos, onde trabalhou no Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã. Durante o exílio no Chile, publicou o seu primeiro livro, Educação como Prática de Liberdade, fundamentado na tese elaborada para concorrer à Cadeira de História e Filosofia da Educação da Universidade Federal de Pernambuco.

Em 1968, escreveu o texto Extensão ou Comunicação, uma referência obrigatória aos estudos e formulações críticas relativas à concepção formativa das atividades de Extensão. Em 1969, foi para a Universidade de Harvard como professor visitante. Depois, veio a publicação da Pedagogia do Oprimido, seu livro mais famoso, traduzido em mais de 20 idiomas e a terceira obra mais citada no mundo.

Ainda no exílio, Paulo Freire desenvolveu trabalhos para o Conselho Mundial de Igrejas, participando das Reformas Educacionais na Guiné-Bissau e em Moçambique.

É o brasileiro que mais recebeu títulos de Doutor Honoris Causa no mundo. Na volta do exilio, foi professor na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e, em 1989, foi nomeado secretário municipal de Educação, na gestão da prefeita Luiza Erundina. Em 1986, recebeu o Prêmio de Educação para a Paz da Unesco.

O pensamento de Paulo Freire é estudado em várias universidades do mundo. No Brasil existem várias cátedras que estudam as contribuições de sua obra. Sua obra influenciou a Educomunicação, a Ecopedagogia, os Estudos da Linguagem, as concepções críticas de Extensão e Cultura, a Pedagogia Crítica e as abordagens pós-colonialistas e Decoloniais.

Paulo Freire faleceu em 2 de maio de 1997, em São Paulo. Sua vida dedicada à Educação como um direito da pessoa humana, sem fronteira, faz dele o patrono da educação brasileira