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UPE participa de inquérito nacional de saúde sobre cobertura vacinal - Universidade de Pernambuco

UPE participa de inquérito nacional de saúde sobre cobertura vacinal

FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em plena época de discussão sobre a importância da vacinação contra o coronavírus, uma investigação financiada pelo Ministério da Saúde através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai ajudar a mapear como está a imunização das crianças brasileiras em relação a doenças que já haviam sido controladas no país. No Recife, o trabalho que terá início na terça-feira (15/12) será coordenado pela Universidade de Pernambuco (UPE).

A pesquisa “Inquérito de Cobertura Vacinal nas capitais brasileiras” tem o objetivo de estimar a cobertura vacinal de crianças nascidas em 2017. O estudo vai coletar informações sobre as vacinas BCG, hepatite B, poliomielite, pentavalente, rotavírus humano, febre amarela, meningococo conjugada C, pneumococo conjugado 10 valente, influenza, hepatite A, tríplice viral, varicela e reforço para DPT e poliomielite, por meio da análise da caderneta de vacinação das crianças, desde seu nascimento até momento da entrevista.

O objetivo geral é estimar a cobertura vacinal aos 12 meses, aos 18 meses e aos 24 meses de idade, de residentes nas áreas urbanas de 19 capitais e em Brasília. O número total de inquéritos será de 52 e o tamanho da amostra geral será de 23.504.

No Recife, o trabalho de levantamento - que será distribuído em quatro inquéritos, cada um deles com 452 nascidos vivos - será coordenado pela professora da Faculdade de Ciências Médicas da UPE, Maria Bernadete de Cerqueira Antunes. Médica sanitarista e com mais de 20 anos de experiência em saúde pública, ela destaca que o inquérito poderá definir novas estratégias que possibilitem melhorar o acesso à vacinação das crianças brasileiras. “Não podemos perder os resultados históricos que alcançamos. É importante recuperar a cobertura vacinal perdida”, afirma.

A pesquisa terá duração de 28 dias úteis, com o trabalho de campo sendo concluído em janeiro. No Recife, os entrevistadores conversarão com pais de crianças nascidas em 2017 para saber os possíveis motivos que resultaram em alguma lacuna na caderneta de vacinação. “Ë muito importante que a população receba os pesquisadores”, defende Bernadete Antunes. Munidos com uma carta de apresentação do Ministério da Saúde e da universidade, eles visitarão domicílios das classes A, B, C e D escolhidos por critérios censitários. Na capital pernambucana, a meta é coletar dados de 1.808 crianças.

A professora da UPE acredita que a queda da cobertura vacinal no país pode ter relação direta com a dificuldade de acesso de alguns pais a postos de saúde, mas ela também considera que a recente onda de negacionismo apresente algum impacto em surtos como os de sarampo de 2018. Em 2007, Bernadete Antunes participou de pesquisa semelhante, o que serviu como motivo para o convite feito pelo Ministério da Saúde. 

Para a UPE, esta parceria representa um reconhecimento pela produção científica da universidade. Estudos sobre vacinação fazem parte de uma das pesquisas de extensão da Faculdade de Ciências Médicas. Uma residente participará da coleta e análise dos dados.

O inquérito nacional é coordenado pelo médico e professor adjunto do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, doutor em epidemiologia pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e membro do Comitê técnico Assessor do Programa Nacional de Imunização,  José Cassio Morais, e financiado pelo Ministério da Saúde através do CNPq.