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FOTO: MCTIC/Reprodução

A Universidade de Pernambuco (UPE) receberá 100 chips do Universia Brasil e do Santander Universidades para distribuir a estudantes que acessam as aulas remotas e o conteúdo didático de seus cursos pelo celular. A doação envolve pacotes de dados com seis meses de funcionamento, com cinco gigabytes (5GB) de internet de alta velocidade e chamadas ilimitadas.

As inscrições para solicitar o chip podem ser realizadas no endereço do programa (https://materiais.universia.com.br/chips) até o dia 11 de janeiro. No formulário, o estudante deve preencher informações de identificação e a vinculação com a instituição superior de ensino.  É preciso esperar, no entanto, que a Universidade de Pernambuco seja incluída oficialmente na lista de participantes.

Os chips serão entregues em fevereiro. Caberá à UPE definir os contemplados, obedecendo os critérios de vulnerabilidade social. A Universia é a edtech do grupo Santander criada para apoiar o jovem em sua jornada acadêmica, profissional e empreendedora. Ao todo, serão doados 10 mil chips a universitários em todo o Brasil.

Por conta da pandemia, a UPE disponibilizou a oferta de dados móveis para 4.803 estudantes. Cerca de 500 alunos receberam R$ 1 mil cada para compra de computadores, melhorando o acesso às aulas não presenciais. Todos os matriculados na universidade também passaram a ter e-mail institucional (upe.br), facilitando o acesso às plataformas de conteúdo digital.

O Calendário Acadêmico da Universidade de Pernambuco (UPE) para a conclusão do ano letivo de 2020 obedecerá o sistema híbrido, com aulas presenciais e remotas, em virtude da pandemia de Covid-19. Caberá a cada unidade de educação e seus respectivos Plenos de Curso definir o formato da oferta dos componentes curriculares, de acordo com as diretrizes curriculares, seus projetos pedagógicos e os protocolos de retomada das atividades acadêmicas.

O primeiro semestre letivo de 2020 começará no dia 8 de fevereiro de 2021. As aulas referentes a 2020.1 seguirão até 22 de maio, totalizando 14 semanas de duração. O período correspondente a 2020.2 será de 14 de junho a 16 de setembro. Oficialmente, o primeiro semestre de 2021 começará no dia 13 de outubro. Os vestibulandos que ingressarem na UPE no próximo ano via Enem/Sisu terão que esperar até esta data para se tornarem universitários.

Estudantes de graduação presencial sem equipamentos adequados, com conectividade restrita ou outras limitações técnicas poderão usar os laboratórios de informática/computação dos campi da UPE para desenvolver as suas atividades de ensino remoto, respeitando-se os protocolos sanitários e os rodízios instituídos por cada unidade.

FOTO: Paulo Goethe/UPE

Em um ano onde a saúde e a ciência foram colocadas duramente à prova contra o negacionismo, a Universidade de Pernambuco (UPE) encerra 2020 com vitórias no seu propósito de compartilhar com a população o conhecimento resultado do trabalho e das pesquisas dos seus professores e alunos.

Na tarde desta quarta-feira (9), a instituição prestou contas de suas atividades para o Conselho Social, formado por representantes do governo do estado, de entidades sociais, de associações estudantis (secundaristas e universitárias) e das prefeituras das cidades onde a UPE tem campi e também núcleos de educação a distância (EAD).

A reunião online contou com 25 participantes. O Conselho Social é um órgão consultivo, não deliberativo, mas considerado importante para divulgação das ações da UPE.

Por conta da pandemia, a Universidade de Pernambuco teve que alterar a sua estratégia de ensino, desenvolvendo uma plataforma para as atividades remotas dos conteúdos pedagógicos. Cerca de 14 mil contas de e-mail foram criadas e equipamentos foram adquiridos para os estudantes com maior dificuldade de acesso à internet. Cerca de 4,8 mil estudantes tiveram também acesso a pacotes de dados móveis.

Na área de pós-graduação, a UPE manteve o seu plano de interiorização, expandindo os campi de Nazaré da Mata, Garanhuns e Petrolina, além de aumentar a oferta de salas multimídia em ciências da computação em Caruaru. Petrolina foi a primeira unidade do interior a ter um doutorado.

O maior desafio de 2020 foi travado pelo Complexo Hospitalar da UPE, formado pelo Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Procape e Cisam. Referência no combate à epidemia no estado, o HUOC aumentou o número de leitos e de profissionais, criando protocolos para atendimento de pacientes e treinamento de equipes. Ao todo, o hospital teve um incremento de 759 servidores. Juntas, as três unidades do Complexo Hospitalar da UPE realizaram, até outubro, 650 mil atendimentos ambulatoriais.

“É um momento de mostrar gratidão ao povo pernambucano pelo apoio recebido”, afirmou o reitor Pedro Falcão ao encerrar o encontro. Os números dos balanços de cada prorrogação-reitoria serão divulgados nos próximos dias.

Um feto no sexto mês de gestação passou por uma cirurgia inédita realizada no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam). Primeiro filho de uma mãe de 17 anos de idade, ele teve a traqueia ainda em formação desobstruída, aumentando as suas chances de sobrevivência. A fetoscopia, a primeira deste tipo ocorrida na unidade de saúde integrante do Complexo Hospitalar da Universidade de Pernambuco (UPE), foi executada na quarta-feira (9) por uma equipe multidisciplinar, formada por ultrassonografista, fetólogo, obstetra, anestesista e equipe de enfermagem do bloco cirúrgico. O especialista Maurício Saito, de São Paulo, participou do procedimento como convidado.

De acordo com o coordenador do Serviço de Ultrassom Materno-Fetal do Cisam/UPE, Pedro Pires, a cirurgia foi necessária porque o feto tem uma hérnia diafragmática, malformação grave que compromete o desenvolvimento dos pulmões. Sem a inédita cirurgia, teria poucas esperanças de sobrevivência após o nascimento. As hérnias diafragmáticas congênitas (HDC) são condições raras, porém graves, que afetam aproximadamente um em 2.000 recém-nascidos.

A fetoscopia - em inglês, o procedimento passou a ser chamado de FETO (“Fetoscopic endotracheal occlusion” – Oclusão endotraqueal fetoscópica) - consistiu na introdução de um balão na traqueia do feto, guiado por ultrassom, com a mãe em anestesia geral. "A oclusão da traqueia fetal poderá proporcionar melhor desenvolvimento pulmonar e melhorar os resultados da cirurgia de correção definitiva após o parto", destaca Pedro Pires.

Além da participação sem ônus ao Cisam do cirurgião paulista, as despesas com os materiais usados no procedimento foram custeadas pelos integrantes da equipe médica, do grupo Mulheres do Bem e do grupo de voluntárias do Hospital do Câncer que apoiam causas sociais.

Segundo decisão do Conselho Federal de Medicina de abril de 2018, o procedimento de oclusão traqueal fetal endoscópica é de alta complexidade, só podendo ser realizado em caráter experimental em centros especializados de referência, dotados de infraestrutura adequada, e por médicos especialistas em medicina fetal, com equipe multidisciplinar capacitada.

Foto: Marília Falcão/UPE

A Escola Politécnica de Pernambuco (Poli) e o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) celebraram um acordo de mútua cooperação para desenvolvimento de projetos voltados à pesquisa e extensão, abrindo a oportunidade de estágios nas duas instituições vinculadas à Universidade de Pernambuco (UPE).

A assinatura foi realizada na reitoria da UPE com a participação do diretor da Poli, José Roberto de Souza Cavalcanti e da diretora do HUOC, Izabel Christina de Avelar Silva, na manhã desta quarta-feira (9). O reitor Pedro Falcão também referendou o documento.

O objetivo da parceria entre Poli e HUOC é incrementar a produção científica e tecnológica e gerar trabalhos técnicos de alto nível. O convênio não envolve transferência de recursos orçamentários. Os servidores indicados para as ações conjuntas continuarão desenvolvendo suas atividades normais. O convênio terá vigência de dois anos.