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FOTO: CISAM

 Publicado em 28/06/24

Uma equipe de mastologista, residentes, técnicos de enfermagem, anestesistas e enfermeiros do Centro Integrado Universitário Amaury de Medeiros da Universidade de Pernambuco (CISAM/UPE), realizou nesta última quinta-feira (27/06) a primeira mastectomia masculinizadora (cirurgia para retirada das mamas) em um paciente transgênero, de 26 anos, na rede pública de saúde do estado de Pernambuco. O procedimento durou cerca de 2 horas e foi um sucesso.

A mastectomia masculinizadora é uma cirurgia realizada em pessoas transgênero ou não-binárias que desejam remover os seios e construir mamilos masculinos. O procedimento é uma opção para pessoas que desejam se adequar com seu gênero e se sentir mais confortável com seu corpo. O tempo de recuperação varia de pessoa para pessoa e depende do tamanho e da complexidade da cirurgia.“ O paciente deve seguir com cuidado domiciliar e ir às consultas regulares com a equipe de mastologia do ambulatório. Além de fazer sessões de fisioterapia para reposição da postura”, disse um dos cirurgiões mastologistas, Eduardo Moura.

“É com muita alegria que realizamos, pela primeira vez, esse procedimento para atender a uma demanda reprimida e almejada pela população trans. O CISAM oferece o serviço aos  homens trans desde 2016, com uma equipe multidisciplinar montada para atendê-los e minimizar o sofrimento. De início implantamos a questão da hormonização (terapia hormonal) e finalmente, agora, conseguimos ter os mastologistas, Cynthia de Jesus e Eduardo Moura, para operar o nosso primeiro homem trans”, destacou a gestora executiva do CISAM, Benita Spinelli. 

E acrescentou, “estamos orgulhosos de demonstrar o nosso compromisso com o direito das pessoas. É importante que a sociedade exerça seu papel no campo da saúde através do SUS. O nosso hospital universitário fortalece o ensino médico e multiprofissional”.

O coordenador do ambulatório transidentidades, o psicólogo Robson Matos falou também sobre a importância desse avanço. “ É uma luta de muito tempo, desde de 2018 que tentávamos iniciar as cirurgias. Um esforço  conjunto com a diretoria, a política integral de saúde LGBT, dos profissionais e dos usuários para ampliar o cuidado ofertado a essa população tão vitimizada. Tem o pioneirismo também do procedimento, que até então não era realizado em nenhum hospital da rede estadual de saúde. Além disso, tem também o aumento do número de cirurgias e do porte cirúrgico na nossa unidade”, ressaltou.

Para o cirurgião mastologista, Eduardo Moura, foi um momento de grande emoção. “Estamos abrindo mais essa chance de acolhimento para transgêneros. Oferecemos uma rede de apoio completa. Estamos muito felizes e agradecidos com o resultado do procedimento”, disse.

SERVIÇO DE TRANSINDENTIDADE DA UPE - fundado em 2016, o serviço faz parte do Complexo Hospitalar da UPE com atendimentos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e no Centro Integrado Universitário Amaury de Medeiros (CISAM). É voltado para a atenção especializada à população trans que deseja realizar o Processo Transexualizador, prestando atendimento multiprofissional no período de dois anos pré e um ano no pós-operatório. É ofertado uma linha de cuidados multidisciplinar com acolhimento em psicologia, serviço social e enfermagem, além de acompanhamento regular em psicologia, psiquiatria e endocrinologia durante o período de dois anos no pré-operatório e um ano no pós-operatório. Os critérios para entrada no ambulatório são: ser maior de 18 anos, desejar realizar o processo de transição de gênero com acompanhamento multiprofissional.  A lista de espera para entrar no serviço é de cerca de 105 pessoas. 

CIRURGIA DE MASTECTOMIA MASCULINIZADORA -  o processo transexualizador exige acompanhamento de 2 anos com as especialidades citadas anteriormente para realização da cirurgia e um ano de acompanhamento pós-operatório. A pessoa precisa realizar esse acompanhamento durante esse período. O serviço tem uma demanda reprimida de usuários que estão desde 2016 esperando.  Então pode ser que demore mais que esse período de dois anos para ter acesso à cirurgia pelo CISAM, mesmo após entrada. A lista das cirurgias é ordenada pelo tempo de acompanhamento no serviço. Atualmente são 111 pessoas aptas para cirurgias dentre 340 usuários ativos no serviço. Os demais ainda não completaram dois anos e entrarão automaticamente na fila após esse período.

A forma de acesso é através do email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Hoje (28/06), é o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+. Essa importante ação aconteceu no momento em que se celebra a data.

Publicado em 28/06/24

O Campus Petrolina da Universidade de Pernambuco abre inscrição gratuita, até o dia 17 de julho de 2024, para o curso de Licenciatura em Educação do Campo.O curso foi criado para atender às demandas da formação e atuação profissional na Educação Básica do Campo.

Em resposta ao Edital nº 23/2023 do PARFOR EQUIDADE da CAPES, o curso busca oferecer aos professores do campo, indígenas e quilombolas das redes públicas de educação básica e/ou das redes comunitárias de formação por alternância a oportunidade de acesso à formação específica de nível superior, conforme suas áreas de atuação.
O curso capacitará os docentes para atuarem na Educação Infantil, anos iniciais do Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos, bem como na gestão dos sistemas de ensino e dos processos pedagógicos.

Todos os (as) professores (a)s da educação básica do campo e movimentos sociais do campo podem concorrer. Os estudantes indígenas, pardos, pretos, quilombolas e das populações do campo, assim como pessoas surdas e do público-alvo da educação especial, matriculados em cursos do PARFOR EQUIDADE, farão jus ao recebimento de bolsa de estudos no valor de R$ 700,00.

Mais informações: Telefone: (87) 3866-6470.
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Acesse: https://www.upe.br/petrolina/graduacao/cursos/licenciatura-em-educacao-do-campo-parfor-equidade/s

Publicado em 28/06/24

No período de 28/05 a 11/06, o docente da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM/UPE) e infectologista da instituição, Demócrito Miranda, esteve presente no Rio Grande do Sul (RS) para atuar como voluntário acerca do desastre ambiental que aconteceu no final do mês de abril. O médico esteve na linha de frente em um projeto do Ministério da Saúde, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS), onde atendeu as vítimas das enchentes. 

"Quando chegamos ao Rio Grande do Sul, os voluntários do Brasil todo foram distribuídos para os lugares onde eles iriam trabalhar. Essa situação, onde atuei durante 15 dias, foi uma experiência diferente da minha rotina diária, e sair da zona de conforto me fez enxergar esse outro lado que até então eu não tinha visto.", destacou Demócrito Miranda.

Criado em novembro de 2011, o FN-SUS é um programa de cooperação voltado à execução de medidas de prevenção, assistência e repressão a situação epidemiológicas de desastres ou de desassistência à população quando for esgotada a capacidade de resposta do estado ou município. Para socorrer os atingidos das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, a Força Nacional do SUS mobilizou mais de 300 profissionais da saúde de todo o Brasil (entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e outros), e a Região Nordeste foi a que mais enviou voluntários para o RS, sendo superior a 30% do total.

Demócrito Miranda é graduado em Medicina pela FCM, docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UPE desde 2005. Atua principalmente nos seguintes temas: tétano, HIV/AIDS, meningite, leptospirose, dengue e Zika. Faz parte do MERG (Microcephaly Epidemic Research Group) no qual desenvolve diversos projetos que investigam a Síndrome da Zika Congênita em Pernambuco.

As chuvas no Rio Grande do Sul tiveram início no dia 27 de abril, mas atingiram uma maior intensidade no dia 29 de abril, onde milhares de cidades foram atingidas e mais de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas. Conforme o último boletim das autoridades gaúchas, os temporais afetaram 478 municípios do Estado, e há, ainda, 34 pessoas que seguem desaparecidas.

Publicado em 28/06/24

Aylla Oliveira e Lucas Couto, discente e egresso, respectivamente, do Bacharelado em Direito do Campus Arcoverde da Universidade de Pernambuco participarão, de julho a novembro deste ano, do Programa de Formação em Pesquisa do LAUT -Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo, com financiamento do Instituto Mattos Filho, em São Paulo.

O processo seletivo reuniu mais de uma centena de jovens pesquisadores (as) do Direito de todo o país, sendo selecionados apenas 10 (dez) para compor a turma de formação do ano de 2024. Os discentes farão o aprofundamento de temas que têm investigado no âmbito do Grupo de Pesquisa sobre Contemporaneidade, Subjetividades e Novas Epistemologias (G-Pense) do curso, sob a orientação do professor Fernando Cardoso e que envolve os projetos de iniciação científica que participaram ao longo dos últimos anos, com financiamento de editais da PROPEGI-UPE/CNPq e da FACEPE.

O LAUT tem como objetivo monitorar as diversas manifestações do autoritarismo e de repressão às liberdades, a fim de subsidiar a mobilização da sociedade civil, o debate público e a produção acadêmica. “Trata-se de um importante reconhecimento das atividades de pesquisa desenvolvidas no Campus e no interior do estado de Pernambuco”, destaca o professor  Fernando Cardoso.