Procape integra linha de frente nacional da saúde no combate ao infarto
Considerado um dos institutos de referência em cardiologia no Brasil, o Pronto-socorro Cardiológico de Pernambuco Prof. Luiz Tavares integra a linha de frente de um programa do Ministério da Saúde para reduzir risco de morte e aprimorar atendimento de urgência e emergência e tratamentos de ataques cardíacos.
O diretor-geral do Procape, Ricardo Lima, participou da cerimônia oficial de lançamento da Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio, um programa que vai destinar R$ 41 milhões para combater a principal causa de morte no país. A cada hora, pelo menos 13 pessoas perdem a vida para um infarto no Brasil. Em média, são 114 mil brasileiros que falecem por ano por causa desta "doença silenciosa".
Vinculado ao Complexo Hospitalar da Universidade de Pernambuco (UPE), o Procape integrou o grupo de cinco instituições que participaram do lançamento online do programa na manhã desta terça-feira (7). As outras foram o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal; o Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio de Janeiro (RJ); Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS) e o Instituto do Coração (Incor) em São Paulo (SP), local onde o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou a portaria.
Durante a cerimônia, o diretor-geral Ricardo Lima destacou o fato do Procape ter uma grande responsabilidade social por ser o único hospital público universitário de cardiologia de toda região Norte-Nordeste. Ele apresentou números de atendimento - cerca de 50 mil por ano - e ressaltou o papel na formação de novos médicos e na área assistencial.
Com a Linha de Cuidado, o Ministério da Saúde expande e qualifica as ações de telemedicina e tele-ECG (Eletrocardiograma) no Samu. A emissão do laudo pode ser feita a distância, ainda no atendimento pré-hospitalar, para agilizar as ações necessárias nos primeiros minutos. O exame que pode ser feito em uma Unidade de Suporte Avançado (USA), por exemplo, foi incluído na Tabela de Procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Ministério da Saúde também reajustou os valores dos procedimentos relacionados à trombólise pré-hospitalar e hospitalar para o Infarto Agudo do Miocárdio, além do reajuste para procedimentos como cateterismo cardíaco adulto e pediátrico. A angioplastia coronariana, procedimento minimamente invasivo para desobstruir e aumentar o fluxo de sangue para o coração, também será reajustada na tabela SUS e migrará para outro tipo de financiamento, por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC).
A portaria ainda instituiu a mudança da angioplastia coronariana eletiva para a modalidade do tipo ambulatorial. Isso significa que o paciente poderá ter alta algumas horas após o procedimento, se estiver dentro dos critérios clínicos necessários. A alteração irá melhorar a qualidade de vida do paciente e promover maior disponibilidade de leitos para o SUS.
A nova estratégia cria ainda o procedimento de fisioterapia para reabilitação dos pacientes que sofreram Infarto Agudo do Miocárdio. O tratamento é necessário já que muitas pessoas apresentam perda na capacidade funcional, com dificuldade de retornar às suas atividades familiares, sociais e profissionais. A estimativa do Ministério da Saúde é que cerca de 85% desses pacientes irão se beneficiar com o atendimento fisioterapêutico pelo SUS e melhorar a qualidade de vida.
Com informações do Ministério da Saúde