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A Pesquisa e Pós Graduação no Brasil - Universidade de Pernambuco

A Pesquisa e Pós Graduação no Brasil

O Brasil é um país que vem crescendo no que diz respeito à Educação. Temos mostrado que somos capazes, sim, de produzir conhecimento. No que tange à Pós - graduação, a CAPES ligada ao MEC, alavancou a qualificação de pessoal com um forte investimento. O CNPq ligado ao MCTI, por sua vez, teve papel decisivo no investimento em pesquisa e de forma mundialmente inovadora com as bolsas de iniciação científica, que introduzem o jovem no mundo da pesquisa. E ainda, em adição a FINEP, agência financiadora de projetos de Inovação para o nosso país .

 

De 2014 até 2016 temos enfrentado uma queda, posso dizer que vertiginosa, nos investimentos em pesquisa e pós - graduação. Em 2015, tivemos sérios cortes nos recursos destinados a CAPES, o que impactou os Programas de Pós Graduação. Sofremos ainda em 2016 este impacto e com a perspectiva de continuarmos sofrendo em 2017.  Em relação ao CNPq, os investimentos tem despencado a olhos vistos com editais sem liberação parcial ou total de recursos, cortes nas bolsas de iniciação científica entre outros. E por último na semana passada, a notícia dos cortes das bolsas de produtividade do CNPq. Em adição, tivemos conhecimento da reestruturação administrativa proposta no DECRETO Nº 8.877, DE 18 DE OUTUBRO DE 2016 pelo MCTIC que subordina o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) à Coordenação Geral de Serviços Postais e de Governança e Acompanhamento de Empresas Estatais e Entidades Vinculadas

 Portanto deixa uma mensagem de perda de identidade de alguns órgãos. Uma das preocupações é o risco de maior comprometimento dos investimentos na Ciência, Tecnologia e Inovação que já vem sendo contingenciados e levando a um sucateamento da Pesquisa. Portanto, me pergunto se estamos mesmo em um país que deseja crescer?  Se tivermos que cortar, eu concordo, mas não na área que irá trazer um grande retrocesso de crescimento. Destaco ainda que a FINEP sofre sérios riscos de ter os recursos do FNDCT cortados e, portanto, o investimento em infra-estrutura para a Pesquisa e Inovação do país vir a ser comprometida.

Esta é uma leitura de uma docente, Pesquisadora e que está ocupando a função de Pró Reitora de Pós Graduação e Pesquisa na UPE, mas com uma profunda preocupação com os impactos para o futuro não só em nossa IES, mas para o Brasil. Neste momento ainda não teremos condições de medir os impactos reais, mas o que levamos anos e anos para construir, poderá levar um tempo muito maior para reestruturar e trazer ao sentido outra vez. Um país que não investe em conhecimento não tem futuro.

 

Profa. Maria Tereza Cartaxo Muniz 

Pró-Reitora de Pós Graduação, Pesquisa e Inovação