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Conselho Universitário da UPE aprova concessão de títulos de Doutor(a) Honoris Causa aos professores Elizabeth de Souza Amorim e Manuel Correia de Andrade - Universidade de Pernambuco

Conselho Universitário da UPE aprova concessão de títulos de Doutor(a) Honoris Causa aos professores Elizabeth de Souza Amorim e Manuel Correia de Andrade

O Conselho Universitário (CONSUN) da Universidade de Pernambuco aprovou nesta sexta-feira (29) a concessão de dois novos títulos de Doutor(a) Honoris Causa da instituição, sendo um deles in memoriam.

Os primeiros agraciados em 2022 serão os professores Elizabeth de Souza Amorim e Manuel Correia de Oliveira Andrade (1922-2007).

As indicações foram, respectivamente, da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG) e do Campus Mata Norte da UPE. As resoluções receberam os números 018/2022 e 017/2022.

A outorga dos títulos integra as comemorações dos 30 anos de fundação da Universidade de Pernambuco. Neste período, a UPE já tem nos seus quadros 15 personalidades com esta máxima honraria.

O título de Doutor Honoris Causa é concedido a pessoas eminentes, que não necessariamente sejam portadoras de um diploma universitário, mas que tenham se destacado em determinada área do conhecimento (artes, ciências, filosofia, letras, promoção da paz, de causas humanitárias, entre outras), ou ainda por sua boa reputação, virtude, mérito ou ações de serviço que transcendam famílias, pessoas ou instituições.

ELIZABETH DE SOUZA AMORIM

Nascida em 1951 no Recife, a professora Elizabeth de Souza Amorim iniciou a sua história na FENSG em 1976, quando ingressou na graduação em Enfermagem, finalizando o curso em 1980. Neste mesmo ano passou a atuar como docente na instituição.

De acordo com o memorial apresentado pela direção da FENSG para justificar a concessão do título, "Elizabeth de Souza Amorim contribuiu ativamente na atualização dos enfermeiros que trabalhavam em hospitais com atendimento de urgência e emergência, desbravando, dentro e fora do estado, a formação em Atendimento Pré-Hospitalar para os profissionais da área da saúde".

A professora atua hoje nos cursos de Enfermagem, Medicina e Educação Física da UPE, na área de primeiros socorros e atendimento pré-hospitalar básico e avançado, além de ser coordenadora pedagógica do Programa de Residência em Enfermagem em Atendimento Pré-Hospitalar do Samu Metropolitano.

É também enfermeira do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sendo atualmente vice-coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT).

Tem importante participação na lutas de classe da categoria, participando do Conselho Regional de Enfermagem (COREN), entre 2009 e 2010, como membro da Câmara Técnica de Assistência à Saúde (CTAS) na área de Emergência e Trauma, e compondo atualmente a Diretoria de Assuntos Jurídicos da Seção Sindical dos Docentes da Universidade de Pernambuco (ADUPE).

MANUEL CORREIA DE ANDRADE

Nascido em 3 de agosto de 1922, no Engenho Jundiá, município de Vicência, localizado na Zona da Mata Norte pernambucana, Manuel Correia de Andrade foi um professor, pesquisador, geógrafo, advogado e historiador que deu relevantes contribuições para a educação do país.

No dossiê apresentado pelo Campus Mata Norte da UPE para justificar o título, "Manuel Correia de Andrade foi um dos precursores do movimento de pensar uma geografia crítica, trazendo nos seus livros uma influência do pensamento marxista que serviu não apenas para tratar as questões agrárias, mas para entender a produção do espaço e as contradições sociais".

Especialista em ecologia aplicada no estudo técnico do meio natural da América Latina e doutor em Geociências pela Universidade Federal de Pernambuco (1967). Foi professor da UFPE de 1952 até a sua aposentadoria em 1985.

Ele trabalhou em escolas da educação básica, no ensino médio e em várias instituições de ensino superior brasileiras e na Argentina.

Autor de "A Terra e o Homem do Nordeste" (1963), foi preso e exilado durante o golpe militar de 1964. No período do exílio, conseguiu uma bolsa de estudos do governo francês.

Na volta ao Brasil, trabalhou na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), vindo a falecer no Recife no dia 22 de junho de 2007.