No último domingo do mês de janeiro é comemorado o Dia Mundial de conscientização e combate à hanseníase. A campanha do Janeiro Roxo tem por objetivo aumentar a detecção precoce de casos, investindo-se na sensibilização dos profissionais de saúde para a suspeição do diagnóstico e na divulgação dos sinais e sintomas para a população. É o mês para discutir sobre a Hanseníase como problema de saúde pública e potencializar as ações para sua eliminação. Momento de ampliar a discussão sobre os sinais e sintomas e reforçar que a Hanseníase tem cura.
Os sinais e sintomas da hanseníase são manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil; Sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros; Perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração, inchaço e dor nas mãos, pés e articulações; Dor e espessamento nos nervos periféricos; Redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés; Caroços no corpo, entre outros. Se a pessoa apresentar um ou mais desses sinais e sintomas, deverá procurar a unidade de saúde mais próxima do seu domicílio. Hanseníase tem cura e o tratamento é ofertado gratuitamente pelas unidades de saúde do SUS
Durante todo o mês de campanha são incentivadas as atividades de busca ativa de casos suspeitos e ações educativas junto às comunidades locais.
O Grupo de pesquisa e extensão cuidado e direito à saúde das populações vulneráveis (GRUPEV), liderado pelas professoras da FENSG-UPE, Danielle Moura e Raphaela Delmondes, desenvolve projetos sobre a hanseníase nos temas relacionados à educação em saúde, participação social, autocuidado e prevenção de incapacidades e detecção precoce de casos. O GRUPEV promove anualmente ações no Janeiro Roxo por meio do Programa de Extensão Universitária Hanseníase, Cuidado e Direito à Saúde.
O Programa de extensão realiza atividades em parceria com o Movimento de reintegração de pessoas atingidas pela hanseníase (Morhan), Secretarias Municipais e Estadual de Saúde de Pernambuco, as organizações não-governamentais internacionais NHR Brasil e Sasakawa Health Foundation (SHF).
Em janeiro de 2023 serão realizadas ações de educação em saúde para população e sensibilização de profissionais de saúde. O GRUPEV apoiará as reuniões dos Grupos de Apoio ao Autocuidado em Hanseníase da policlínica Lessa de Andrade (Recife), do ambulatório de dermatologia do Hospital Otávio de Freitas e do Centro de Referência de Cabo de Santo Agostinho.
Serão promovidas oficinas de sensibilização para detecção precoce de casos de hanseníase e redução do estigma para Agentes Comunitários de Saúde, em parceria com o Morhan, NHR e gestão municipal de saúde de Recife e Paulista. Também serão apoiados os eventos em locais públicos de grande circulação, como praças, metrôs e vias locais próximas às unidades de saúde parceiras, visando à divulgação de sinais e sintomas da doença para o maior número de pessoas possível. A agenda de atividades do GRUPEV pode ser acompanhada no perfil do grupo na rede social Instagram: @grupevhansen
Participam do GRUPEV os estudantes da graduação em enfermagem, mestrandos e doutorandos do Programa Associado de Pós-graduação em Enfermagem (PAPGEnf UPE/UEPB), profissionais de saúde e voluntários do Morhan.
Fonte: Profª Drª Daniele Moura