Os professores e pesquisadores do campus da Universidade de Pernambuco (UPE) em Petrolina, Iracema Campos Cusati, Mário Ribeiro dos Santos e Virgínia Pereira da Silva de Ávila, publicaram artigo na Revista Brasileira de História da Educação (Qualis A1 - Educação), uma das mais conceituadas do país, sobre a professora Maria Franca Pires, intitulado “Escritas que cruzam o tempo: dos diários de classe aos cadernos de anotações da Professora Maria Franca Pires (Juazeiro, 1957-1985)”.
Os professores da UPE, de três áreas distintas, reuniram esforços numa pesquisa inédita sobre os cadernos e diários de classe da professora, que atuou no magistério entre os anos de 1950 e 1988, deixando um importante legado para os estudos nas áreas de Educação, Matemática, História e Patrimônio Cultural nos municípios da Bahia por onde passou.
Neles foram analisados aspectos das memórias educativa, cultural e social do município de Juazeiro-BA, onde puderam construir interpretações acerca da educação em diferentes momentos históricos, bem como apreender um conjunto de situações, fatos e experiências singulares do cotidiano escolar.
Desse modo, os escritos da professora Franca Pires constituem legados que foram interiorizados e que – operados pela memória – tornam possível o surgimento de questões que ampliam e modificam os rumos dos estudos e das pesquisas nas áreas de Educação, Matemática, História e Patrimônio Cultural, entre outros campos científicos que se interessam pela heterogeneidade de acontecimentos que nos põem diante de contextos singulares, não homogêneos, não desconectados do seu tempo e com significados variados.
O texto na íntegra está disponível na Revista Brasileira de História da Educação: http://rbhe.sbhe.org.br/index.php/rbhe/article/view/975/pdf_228.
Maria Franca Pires - A professora, popularmente conhecida como Franca Pires, nasceu em 05 de novembro de 1921, na cidade de Remanso, no Sertão da Bahia. Diplomou-se professora em 03 de dezembro de1939, na Escola Rural N. S. Maria Auxiliadora, em Petrolina-PE. No ano de 1943, foi aprovada no concurso para o Magistério Primário da rede estadual de ensino da Bahia, na capital Salvador. Sua nomeação somente se efetivou em 1947. Em 1950, voltou para Remanso, sua terra natal. Em 1951, solicitou transferência para Juazeiro. Faleceu em 1988 (Machado, 2009).